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Dr. Gerson Birk

FISIOTERAPIA NO OMBRO UMA ARTICULAÇÃO COMPLEXA

O OMBRO possui uma anatomia complexa, formada por sete articulações 1-GLENO –UMERAL 2-SUPRAUMERAL 3-ACROMIOCLAVICULAR 4-ESCAPULOCOSTAL 5-ESTERNOCLAVICUULAR 6-ESTERNOCOSTAL 7-COSTOVERTEBRAL, este conjunto de articulações movem-se em sincronismo, qualquer lesão em uma destas articulações pode comprometer todo o complexo articular do ombro  que permite realizar vários movimentos.
Quando o homem se tornou um indivíduo ereto seus braços que em seu estágio quadrúpede eram as patas dianteiras , perderam a sua estabilidade funcional e anatômica aumentando a mobilidade que é a mais notável de todas as articulações do corpo,  em conseqüência disso no homem a cintura escapular (complexo articular do ombro) tem uma estabilidade deficiente, aumentando o risco de  lesões, principalmente, em movimentos altos acima da cabeça.
Conforme o fisioterapeuta Dr. Gerson Birk, especialista em fisioterapia traumato-ortopédica funcional,  as causas mais comuns de lesões no ombro são: acidentes automobilísticos; prática esportiva; queda sobre o ombro; impacto direto; e exercícios repetitivos com muito peso. Doenças como artrite e artroses também podem ocasionar o aparecimento de dor, dificuldade de realizar movimentos e até mesmo ficando com a articulação rígida.
Deacordo com  Dr Gerson Birk as lesões do ombro mais conhecidas são as tendinites (inflamação dos tendões), bursites (inflamação da bolsa sinovial que existe no ombro), luxação, sendo a luxação anterior responsável por 50% de todas as luxações, distensão, ruptura de ligamentos, músculos, atrofia muscular, ler/dort(Lesão por esforço repetitivo/Doença ocupacional relacionada ao trabalho), capsulite adesiva (ombro congelado) e a síndrome do impacto do ombro que envolve a compressão mecânica do tendão do músculo supra espinhal da bolsa subacromial e da cabeça longa do tendão do músculo bíceps. Essa síndrome é descrita por provocar irritação e inflamação que progride para a fibrose e, no final, para a ruptura do manguito rotador(conjunto de músculos do ombro). existem três estágios identificados: no primeiro, encontrado em pacientes com menos de 25 anos e com relato de movimentos repetitivos acima da cabeça; o segundo estágio atinge pacientes de 26 a 40 anos; e o terceiro estágio acomete pacientes com mais de 40 anos com histórico de tendinite crônica e dor prolongada.O tratamento de fisioterapia consiste em restabelecer a função do ombro, iniciando pelo controle da dor, restabelecer todos os movimentos normais da articulação, força muscular e a coordenação motora. Os recursos terapêuticos usados no tratamento fisioterápico consiste: no uso de raio laser, com objetivo de cicatrização e resolução do processo inflamatório; estimulação nervosa trascutânea para analgesia reduzindo a dor; uso de crioterapia , termo terapia; terapia com ultrasom, ondas curtas , microondas; e biofeedback-emg (coordenação da função motora do ombro )Após controle da dor no ombro, o principal objetivo é o retorno da amplitude de movimento normal com técnicas de mobilização articular, seguido de exercícios de fortalecimento muscular (exercícios com borrachas especiais, pliométricos, FNP e isocinéticos), técnicas utilizando a eletroterapia com aparelhos computadorizados mediante análise eletromiográfica e de eletrodiagnóstico para o fortalecimento dos músculos, também são utilizadas, segundo Dr. Gerson Birk durante esta fase de fortalecimento os objetivos são de melhorar a força, potência e resistência dos músculos assim como melhorar o controle neuro muscular do ombro, o tratamento  é  finalizando com exercícios funcionais.